Eu livro o meu coração do erro Livro, liberto páginas que o passado enterrou Soletro o medo em palavras
que nunca serão ditas Confesso o pecado em águas que nunca voltarão ao rio
Eu livro todos os eucaliptos de qualquer significado Livro, livre e liberto do abraço pérfido
Embaraçosa lábia de erva daninha Nos equívocos do mundo Nos enganos humanos Aprende-se e apreende-se Com a derrocada do tempo Com o balanço do vento Em árvores dignas as folhas podem virar.
Em lembrança vaga da noite Sonhava a rosa Pétalas em cor, acorde o coração De súbito, falou-me baixinho _ Ela teima? _ Ela é teimosa? Disse-lhe sim sobre a roseira branca A rosa é teimosa
Ela teima sempre por ser botão e nunca se abrir quando estou por perto...
Mas haverá um sereno
Pingo de orvalho Que poderá ver-te alva pele E então cá me perguntarás _ Ela chora?