Cansadas no tempo, tantos espinhos nos cercam... Não cante senhora ao cair da tarde Somos filhas da lua, perfume do sereno Deixa entrar o outono, ainda cedo Deixa cair a noite, ainda dia Deixa conhecer o cheiro da saudade
Ahh laranjeira... Pomar da minha alma, Verde sopro da terra.
Estavas seco, meio disperso,quase esquecido E sem muitas demoras, vieras com frutos Diria-me:
__ Não sou teu príncipe, apenas servo, tenho frutos suculentos Qual meu espanto, falaras! Certo, não acreditava em ti. Sabia das tuas ferrugens e de tua frustração. Não eras príncipe, apenas planta Meio sem jeito, aroma da casa. Cortez, és tu meu limoeiro servo.
Estou em hastes Símbolos, palavras e alguns encantos Vivo mais clara, outras liras Outrora só, e agora rara
Sou de pedra e das pedras Sou do mato e das matas Calma, faço versos Não choro no silêncio, já me perdi do passado... Vivo mais clara, outras liras Outrora luz, e agora sol.