Ôhhh dona da casa dá licença de chegar!
Olho de longe a flor, pensei em poder pegar
É flor de rainha, perfume da noite?
Não sinhô, flores da rainha
Pois há muito tempo eram por demais nas ruas
Tanto cheiro que outrora vieram inebriar
Tanta formosura que por dias abrigaram a sombra
Dantes era pequenas, e aos poucos tomaram a vila
Mas nesses tempos somente solidão pareia o ar
Pode chegar, olha de pertinho
Flores de rainha, nas pétalas da lua.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
O poço da arraia
Descanso sereno
Raízes lascadas, quedas do tempo
Querendo deslizo solene nos pés
Falo do remanso, consagro o capim
Vou conduzindo pedras, ora coloridas, ora lavadas
Sou destas trevas o canto do passarinho
Sou destes matos o som da corredeira
Sou destas tardes o refresco da meninada
Sou o passo no leito de vida
O fundo do rio, o beliscado do peixe
Sou o poço da arraia.
Raízes lascadas, quedas do tempo
Querendo deslizo solene nos pés
Falo do remanso, consagro o capim
Vou conduzindo pedras, ora coloridas, ora lavadas
Sou destas trevas o canto do passarinho
Sou destes matos o som da corredeira
Sou destas tardes o refresco da meninada
Sou o passo no leito de vida
O fundo do rio, o beliscado do peixe
Sou o poço da arraia.
A casa de bonecas
A casa será revisitada, novas compras
E tudo que era dor agora é alegria
As lágrimas do engano já passaram
E assim no seu aniversário ela é como eu: sozinha
E tudo que era dor agora é alegria
As lágrimas do engano já passaram
E assim no seu aniversário ela é como eu: sozinha
A casa de bonecas é também casa de amigos
Casa de encantos, sabores e muitas rosas
As folhas irão secar mais
No continente do fogo serei aquecida
No manto da santa serei protegida
...
A porta está aberta entre
O barro das minhas palavras me guarda tranquila
O doce é servido aos poucos e com carinho.
Aos sinceros o pouso perfumado.
terça-feira, 3 de maio de 2011
o milho de amarrios
Saboroso sol de tarde
Calor de tacho, milho encantado
Calor de tacho, milho encantado
Aromas de quintal
Banho de pato
Cantiga de galinhas
Alvoroço de porco
Somos feitos de uma única vontade
O milho de amarrios, o vivo da palha
O calor da brasa e a força da mão.
sábado, 30 de abril de 2011
Diante da luz
Não pedi muito e me veio tanto.
Estou em partes que podem ser um sinal de glória
E a Deus, nosso Senhor devoto meu coração.
Diante das pedras
Diante das águas
Diante da luz
Diante do sol
Diante do mim
Trago rosas para cada lágrima
Levo sorrisos para cada espi nho
Como lira,
como luz mensagem da natureza.
Estou em partes que podem ser um sinal de glória
E a Deus, nosso Senhor devoto meu coração.
Diante das pedras
Diante das águas
Diante da luz
Diante do sol
Diante do mim
Trago rosas para cada lágrima
Levo sorrisos para cada espi nho
Como lira,
como luz mensagem da natureza.
domingo, 10 de abril de 2011
A síncope das horas
Hoje, apenas hoje, serei breve.
Ontem tarde que nunca veio, avistei a esperança
Mas com o amanhã veio a desilusão...
Ah... achei que ainda dava tempo de ser feliz.
Agora, apenas agora, sei o valor
De todos os dias que não voltaram
No entanto pude reafirmar um pouco de vida
A tentativa de estender a mão ao amor.

Deixo as rosas,
as árvores,
as brilhantes águas
e a poucas folhas
que outrora eu recolhi.
Não fiz fortunas,
tão menos
constitui uma família
Guardo um baú
de inesgotáveis palavras.
Poderás usar a sua preferida,
sim qualquer uma
Delas não faço segredo,
ofereço-as como dádiva.
Uma a uma,
a ave palavra livre(mente).
Ontem tarde que nunca veio, avistei a esperança
Mas com o amanhã veio a desilusão...
Ah... achei que ainda dava tempo de ser feliz.
Agora, apenas agora, sei o valor
De todos os dias que não voltaram
No entanto pude reafirmar um pouco de vida
A tentativa de estender a mão ao amor.

Deixo as rosas,
as árvores,
as brilhantes águas
e a poucas folhas
que outrora eu recolhi.
Não fiz fortunas,
tão menos
constitui uma família
Guardo um baú
de inesgotáveis palavras.
Poderás usar a sua preferida,
sim qualquer uma
Delas não faço segredo,
ofereço-as como dádiva.
Uma a uma,
a ave palavra livre(mente).
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Porque era um dia de sol
Domada a pele ao sopro do vento, beijo sutil.
Inclinada ao sopro do vento, mais um beijo da face
ao alvo da boca
Fora doce, leve, mas um beijo... Suavemente um beijo
Não precisava horas, tão menos constatação
era mesmo um carinho
Ou de tão impressionada um lapso, furtara outro, tão rápido.
Mas ainda gracioso, vento menino por que tocava-me,
por que beijava-me?
Na ânsia da resposta, reclinava o sol,
era findo cenário do dia
Ave plena amarelada repousava em mim, quase adormecido
Daí a pouco respondera o vento menino.
Tocar-te sim, beijar-te também,
não somo os convidados ao longo das horas
Escolho o que é dourado, escolho o que é claro
Somatizo o céu revoando a terra, porque era um dia de sol.
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