segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Rotulando estrada

Conhece majestade? Conhece sonhos? Sim, então saberás das verdades que nunca morrem...
Não morrem folhas, não morrem cascos e nem longas historias.
Pressionada na estrada entre carros que cortam a estrada,
sou de outras eras, sou de outros mundos...
Vivo em sopros de vento, em alegre canto de pássaro e sou livre.
Sou dos olhos humanos e presa nas obras do chão.
Meus galhos inertes são a prova da minha eternidade.
Na mira das cargas fiquei adornada, sou profundamente alma
Sou completa cantiga de vida, por não morrer perfumo novos ares,
cresço livremente rumo a dimensão do céu.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A lírica linha

Vou costurar uma palavra verde no tempo.
Vou arrematar as folhas secas num verso quebrado
sombras de um dia que nunca mais vai voltar
Quando chegar o sol terei breves pontos
e em dias de chuva uma pausa para chorar,
sou emotiva fera calada
sou fina linha de sonhos
sou rasa lira de cores




sou imagem virtual de poesias.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Leve lira




























Antes de conhecer a tristeza
Vivia rodopiando o mundo
Antes de conhecer a tristeza
Quis acreditar no amor
Antes de conhecer a tristeza
Percorri espaços sem fim
Antes de conhecer a tristeza
Sonhava com dias melhores
Antes de conhecer a tristeza
Pousei numa casa velha
Antes de conhecer a tristeza
Eu ainda não sabia que as pessoas mentiam
por pura e simples vaidade
(...)
E agora conhecendo a tristeza


Sigo assim sem cor, mais clara
Sigo assim sem som, mais lírica.


levelira.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Abrindo caminhos

Eu vou abrir caminhos no tempo
Recortar uma palavra no fogo
Os espaços de vida são leves
Suaves ao som, sutis no re(verso)
A poeira do chão revela passagens



As pedras não guardam lembranças
Apenas pó,  pó de gente passada
Pó de gente na estrada 


Pó de calma, fina terra que cega os olhos
Mas nunca fere uma alma goiana.


PIRINÓPOLIS - GOIÁS

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Rósea palavra

Palavra de rosa é sempre rósea
Segredava a rosa pronta em ponta
Consolava lá quieta a noite
Estrelas para que, se na terra há rosas...
Rosas adormecidas, acariciadas e envaidecidas
Sou delas ainda viva
Sou delas lívida
Canto, acalento doce botão
Prêmio jardim de mim.
Toque de lira virtual.

O livro livre

Eu livro o meu coração do erro
Livro, liberto páginas que o passado enterrou
Soletro o medo em palavras
que nunca serão ditas
Confesso o pecado em águas
que nunca voltarão ao rio

Eu livro todos os eucaliptos de qualquer significado
Livro, livre e liberto do abraço pérfido
Embaraçosa lábia de erva daninha
Nos equívocos do mundo
Nos enganos humanos
Aprende-se e apreende-se
Com a derrocada do tempo
Com o balanço do vento
Em árvores dignas as folhas podem virar.

A teimosa rosa

Em lembrança vaga da noite
Sonhava a rosa
Pétalas em cor, acorde o coração
De súbito, falou-me baixinho
_ Ela teima?
_ Ela é teimosa?
Disse-lhe sim sobre a roseira branca
A rosa é teimosa
Ela teima sempre por ser botão
e nunca se abrir quando estou por perto...

Mas haverá um sereno
Pingo de orvalho
Que poderá ver-te alva pele
E então cá me perguntarás
_ Ela chora?