quinta-feira, 1 de março de 2012

Memória goiana




Estendendo a mão te levo a porta de
casa aberta, assoalho de madeira
Soleira na porta, cadeira trançada,
mesa posta, recado de um amigo.

Estendendo a mão te levo ao rádio,
a máquina de costura, a vitrola silenciosa,
a cantiga das crianças, ao tear, a mágica roda,
as linhas do céu, vestido bordado.

Estendendo a mão te levo ao sabor do feijão,
a galhinha caipira, o prato esmaltado, a panela de ferro,
a peneira, a lenha da alma, ao sol dos dias,
a chaleira quente, o café perfumado.

Serra Dourada

Pelos ares da serra tudo ainda é de ouro
Pelos ares da mata tudo ainda é prata
De outros tempos, aqui a serra era explorada
Muros de pedra, escravos, busca de minérios...
Ahhh... mas um dia: tudo muda.
Hoje patrimônio, sublime respeito,
Barro espalhado, pessoas que passam por Goiás


A serra durante a tarde é prata
Minas de um amor que não acaba.
E durante a história é Serra Dourada.
O seio eterno de moça (a)cor(dada).
serradourada.com

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Arrastada

Levada ao topo fiquei presa
Sou menina das leves manhãs
nas cinzas, nos dias..
Trancada selei alguns sonhos.
Sei respeitar o mundo onírico,










calada posso falar mais!
Minhas raizez inertes ao vento
tomam uma grandeza fértil
de todo pensamento.
Plantada tomei ares de nobreza.
Estou aqui, numa contemplação

Numa espera, já velha
meio morta, arrastada.
Mas sempre visitada.




JARDIM JAPONÊS - CALDAS NOVAS

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Girar do Sol

Tudo que mais queria era eternizar,
não posso lhe dar mais vida, mas posso lhe cantar...
Vou cantar em liras uma história muita antiga,
pó amarelado, doce companhia encontrei na estrada,
seu ar de sol o meu giro ao sol num dia de tanta chuva.
Agradeço a ti ao Deus de criação por ainda estar viva,
por isso canto, enquanto meu sol se esvai.
Viva girassol e não deixe nascer a chuva no meu coração.
girardosol.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Claridade

Num canto claro, busquei uma verdade  para ser lirica,
diante da luz o brilho sutil das palavras.
Verso de um toque digital, manipulando a alma
que mesmo em face tecnológica reconhece sensibilidade.

Rotulando estrada

Conhece majestade? Conhece sonhos? Sim, então saberás das verdades que nunca morrem...
Não morrem folhas, não morrem cascos e nem longas historias.
Pressionada na estrada entre carros que cortam a estrada,
sou de outras eras, sou de outros mundos...
Vivo em sopros de vento, em alegre canto de pássaro e sou livre.
Sou dos olhos humanos e presa nas obras do chão.
Meus galhos inertes são a prova da minha eternidade.
Na mira das cargas fiquei adornada, sou profundamente alma
Sou completa cantiga de vida, por não morrer perfumo novos ares,
cresço livremente rumo a dimensão do céu.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A lírica linha

Vou costurar uma palavra verde no tempo.
Vou arrematar as folhas secas num verso quebrado
sombras de um dia que nunca mais vai voltar
Quando chegar o sol terei breves pontos
e em dias de chuva uma pausa para chorar,
sou emotiva fera calada
sou fina linha de sonhos
sou rasa lira de cores




sou imagem virtual de poesias.