quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Cerra(do)
Era uma estrada de águas
Pedras de peixes
Uma rua no meio do rio
Lá no alto mar do campo
Ficava lívida, ficava ávida
Era um sol de a(gosto)
Era uma terra de sombras
Um folha no meio da nuvem
Lá na copa das árvores
Era assim
Era simples
Era ser quase esquecendo
Era chão
Era palavra
Era uma vez cerra(do).
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Ver(des) veredas
Quero cantar veredas, verdes matas goianas
Quero cantar veredas, essa folhas novas
Quero cantar veredas, verdes em mim
Quero ser mais leve
Em tempos de águas mansas
Quero cantar veredas, esse cheiro macio de rio
Quero cantar veredas, alvas em mim
Quero ser mais livre
Em tempos de matas virtuais.
Aragarças - Goiás
Lira
Quero tocar a poeira das almas
Entender melhor os sentimentos das plantas
Essas folhas que o tempo resseca
Trago ares da terra, mansa fala do mato
Sou raiz inerte de um outono tranquilo
Minha luz escorre pelo espaço
Parte presa na cerca vínculo do céu
Sou lua menina das tardes
Namorada de um ser(tão)
Esposa de um ser(arado).
Entender melhor os sentimentos das plantas
Essas folhas que o tempo resseca
Trago ares da terra, mansa fala do mato
Sou raiz inerte de um outono tranquilo
Minha luz escorre pelo espaço
Parte presa na cerca vínculo do céu
Sou lua menina das tardes
Namorada de um ser(tão)
Esposa de um ser(arado).
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Serra da Mesa
Na estrada densa
um caminho de profunda dor,
Mesmo as pedras
com tanta dureza se cortam
Mas o roteiro
continua fúnebre e inerte
Aqui tudo é
tristeza, sentimento insustentável
Cemitério de
árvores vivas, lutam solenes
Contra a ação
humana de represamento
Serra da mesa,
mundo da pesca aos olhos viajantes
Serra da medo,
mundo da morte aos olhos naturais.
Serra da Mesa - Uruaçu - Goiás
Serra da Mesa - Uruaçu - Goiás
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Coralina
Sou o caminho de pedras, sou a mão marcada e senil
Sou a luz embalada de silêncio, o beco tardio em fim de tarde
Sou irmã das castas janelas que nunca abrem
Sou esse cheiro de mofo que alastra antes das chuvas
Sou as portas esquecidas sem travas
Sou as casas encostadas que escutam mudas
Sou sino que badala sem missa
Sou o olho curioso que vê mas não sabe
Sou a voz precisa que cala mas não entende
Sou a menina da lira que rio já conhece
Sou a moça do verso que a lembrança se perdeu.
domingo, 22 de julho de 2012
Cachoeira das Andorinhas
Ando assim
Ando pelos ares
Ando aos saltos
Ando aos pulos e pelos cachos
Sou mais pássaro
Sou andorinha
Sou eco
Sou pingos de vida
Meu lamento é o fim do tarde
Minha dádiva é o nascer dia
Cachoeira das Andorinhas - Cidade de Goiás
Ando pelos ares
Ando aos saltos
Ando aos pulos e pelos cachos
Sou mais pássaro
Sou andorinha
Sou eco
Sou pingos de vida
Meu lamento é o fim do tarde
Minha dádiva é o nascer dia
Cachoeira das Andorinhas - Cidade de Goiás
Calma água clara
Líquido ávido sol
Clara bela água
Sol, uma clara água
Água, um ávido líquido
Ser efêmera
é ao certo ser fêmea
é ser sol
é ser água
é ser clara.
Clara bela água
Sol, uma clara água
Água, um ávido líquido
Ser efêmera
é ao certo ser fêmea
é ser sol
é ser água
é ser clara.
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