Estou por meios
Estou nas estradas de chão
Estou no mato aberto
Instâncias para ir além
Estou entre cortes, passos, palavras
Estou entre casas, janelas, telhados
Estou entre outros: assim entre retratos
No começo da vila
No começo do céu
No começo sem fim da simplicidade.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Entre tropas
A vida tropeira
remonta o passado
em trapos, traços e trajetos
A rota de uma roda
O círculo de uma reza
A casa, fascínio colossal
Um jardim de flores e histórias
E aos escravos um descanso de pedras
Os sinos tocavam idas e vindas
Pessoas esperavam a celebração
E a capela santificada de cores
Pintura dos santos em comunhão
O boi carreiro dormia nas sombras
Alimentava-se fartamente
Esperando novas tropas
Mantos e mantimentos
O pouso debaixo das estrelas
O barulho sonoro dos carros
O levante em muitas estradas de chão
Era assim: a vida tropeira
Fazenda Babilônia - Pirenópolis - Goiás
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Canção da mata
Quero ir mais longe
Distante do passado
Atravessando pedras
Vou me perder nas matas
Entre os olhos do sol
Sou densa cor da vida
Corto histórias e invento outras
Notas que não vão mais tocar
Busco verdade entre as águas
Esqueço palavras
Executo sonhos
E antes do alvorecer... desapareço
No meio das serras
No alto dos céus
Num estado liricamente livre.
Rio Santo Antônio - Cidade de Goiás
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Nossa Senhora do Rosário
Cerra(do)
Era uma estrada de águas
Pedras de peixes
Uma rua no meio do rio
Lá no alto mar do campo
Ficava lívida, ficava ávida
Era um sol de a(gosto)
Era uma terra de sombras
Um folha no meio da nuvem
Lá na copa das árvores
Era assim
Era simples
Era ser quase esquecendo
Era chão
Era palavra
Era uma vez cerra(do).
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Ver(des) veredas
Quero cantar veredas, verdes matas goianas
Quero cantar veredas, essa folhas novas
Quero cantar veredas, verdes em mim
Quero ser mais leve
Em tempos de águas mansas
Quero cantar veredas, esse cheiro macio de rio
Quero cantar veredas, alvas em mim
Quero ser mais livre
Em tempos de matas virtuais.
Aragarças - Goiás
Lira
Quero tocar a poeira das almas
Entender melhor os sentimentos das plantas
Essas folhas que o tempo resseca
Trago ares da terra, mansa fala do mato
Sou raiz inerte de um outono tranquilo
Minha luz escorre pelo espaço
Parte presa na cerca vínculo do céu
Sou lua menina das tardes
Namorada de um ser(tão)
Esposa de um ser(arado).
Entender melhor os sentimentos das plantas
Essas folhas que o tempo resseca
Trago ares da terra, mansa fala do mato
Sou raiz inerte de um outono tranquilo
Minha luz escorre pelo espaço
Parte presa na cerca vínculo do céu
Sou lua menina das tardes
Namorada de um ser(tão)
Esposa de um ser(arado).
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