quarta-feira, 29 de maio de 2013
Passe(ando)
Eu ainda passo pela estrada
Sigo devagar, sigo enfrente
Dos sonhos
Dos anseios
Sou feita desses ares de casa velha
Sou o cheiro da rosa ressecada
Sou farta de pó
Sou ausente de vida
Não sei se me predo ao passado
ou se é o futuro que me enlaça
Sei que não faço presente
Tão pouco presente me encanta
Eu ainda passo pela estrada
Sigo devagar...
Sigo na frente da vida que não vive
por falta de anseios
por medo dos sonhos.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
De(canto)
Eu trago uma lembrança que o tempo já esqueceu
Carrego na alma uma dor de tantos anos
Cheia de terra
Repleta de sal
Singular encontro o passado
Recomeço
Vou leve, serena, mas coberta de pó
O pó do cansaço
Viajo em círculos e carrego o vento
Ando sozinha
Antes do sol
O sol do acaso
Pávida, não acredito nas pedras
Sou de plantas, palmas e árvores
Mas em timbre
Sou das palavras
Em cantos e ainda clara
Sou mesmo das palavras
Estes pássaros
Sutis do significado.
Pirenópolis - Goiás
Carrego na alma uma dor de tantos anos
Cheia de terra
Repleta de sal
Singular encontro o passado
Recomeço
Vou leve, serena, mas coberta de pó
O pó do cansaço
Viajo em círculos e carrego o vento
Ando sozinha
Antes do sol
O sol do acaso
Pávida, não acredito nas pedras
Sou de plantas, palmas e árvores
Mas em timbre
Sou das palavras
Em cantos e ainda clara
Sou mesmo das palavras
Estes pássaros
Sutis do significado.
Pirenópolis - Goiás
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
A árvore vestida
Quando me vestiram de tristeza
eu ainda não sabia chorar
Quando me vestiram de alegria
eu já conhecia as lágrimas
Quando me deram o sol
eu vi tudo mais só e mais verde
Quando me colocaram no rumo
minha alma já era estrada
Eu fiquei aqui vestida
Re(vestida)
Esperando o tempo passar
Tenho uma camisa de folhas
Um passado de lamúrias
Um tronco de melancolia
Então sou árvore vestida
Re(vestida) e a(dor)nada.
Passagem entre as cidades de Itauçu e Itaberaí - Goiás
eu ainda não sabia chorar
Quando me vestiram de alegria
eu já conhecia as lágrimas
Quando me deram o sol
eu vi tudo mais só e mais verde
Quando me colocaram no rumo
minha alma já era estrada
Eu fiquei aqui vestida
Re(vestida)
Esperando o tempo passar
Tenho uma camisa de folhas
Um passado de lamúrias
Um tronco de melancolia
Então sou árvore vestida
Re(vestida) e a(dor)nada.
Passagem entre as cidades de Itauçu e Itaberaí - Goiás
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Cores da chuva
Os frutos mais doces invadiam a casa
Nos sabores, nos aromas, nas cores...
Estava prateada rainha dos tempos
Mal mimava a terra
Mal acariciava o ar
Tão plena, tão única:
A chuva
As águas que molhavam o quintal
A senhora acerola
O limoeiro príncipe
A goiabeira serena
Sim todos os frutos presenteavam a graça de Deus
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Cant(an)do sol
Trazia a luz
antes do dia, era assim meio amena...
Eu era palavra antes de ser pálida.
Eu era céu antes de ser chão
Eu era vida antes da alegria
Cheguei mais leve, toquei a cerca
Eu era casa antes da estrada
Eu era pedra antes do pó
Eu era sol antes da noite
...era assim
meio amena, antes do dia trazia luz.
antes do dia, era assim meio amena...
Eu era palavra antes de ser pálida.
Eu era céu antes de ser chão
Eu era vida antes da alegria
Cheguei mais leve, toquei a cerca
Eu era casa antes da estrada
Eu era pedra antes do pó
Eu era sol antes da noite
...era assim
meio amena, antes do dia trazia luz.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Re(cor)tada
Quando cresci era cedo demais para fiar
Então eu bordava
Bordava a rosa, o céu, a borboleta e em algumas vezes

todo o jardim...
Minhas mãos já eram cansadas, mas meu coração renovado
Meu corpo já era velho, mas minha palavra ainda moça
E foi assim que deixei sem saber a ideia de ser menina
Num destes dias de caramujo
Num destes dias vermelhos sem explicação
Nunca domei ondas, tão pouco nadei
Sou primavera, verão, outono e nunca inverno
Porque no frio a linha lira não aquece.
Eis me aqui por muitas décadas
a menina
a moça
a velha do verso virtual.
Então eu bordava
Bordava a rosa, o céu, a borboleta e em algumas vezes
todo o jardim...
Minhas mãos já eram cansadas, mas meu coração renovado
Meu corpo já era velho, mas minha palavra ainda moça
E foi assim que deixei sem saber a ideia de ser menina
Num destes dias de caramujo
Num destes dias vermelhos sem explicação
Nunca domei ondas, tão pouco nadei
Sou primavera, verão, outono e nunca inverno
Porque no frio a linha lira não aquece.
Eis me aqui por muitas décadas
a menina
a moça
a velha do verso virtual.
Estradas
Estou por meios
Estou nas estradas de chão
Estou no mato aberto
Instâncias para ir além
Estou entre cortes, passos, palavras
Estou entre casas, janelas, telhados
Estou entre outros: assim entre retratos
No começo da vila
No começo do céu
No começo sem fim da simplicidade.
Estou nas estradas de chão
Estou no mato aberto
Instâncias para ir além
Estou entre cortes, passos, palavras
Estou entre casas, janelas, telhados
Estou entre outros: assim entre retratos
No começo da vila
No começo do céu
No começo sem fim da simplicidade.
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