sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

lírica de passarinhos

Passarinhos, cantam presos e lívidos de amor.
Homenagem da vida que agora disputa liberdade
Líbero não é melhor que lírico!
Canta o passarinho, a fêmea aprova
Larga gaiola, o amor brilha mais que sol
Varas de taboca, o amor é maior que a liberdade.

Se pensas que cantando sofro, ledo engano
Aqui aprisionado canto de amor minha alma companhia

__Quereis partir? Saliento uma última vez.
Nada é supremo lá fora, aqui preso o amor é tudo!

Um anjo reciclado

Faz um bom tempo que ando por aqui.
Recomendo alguns caminhos,
presencio sons e ajudo quando posso,

e quando não é possível, começo a rezar
Minhas forças se fazem poucas, garanto-me em Deus
e ainda doente sou capaz de proteger.

Embreve data  fazer-se-ão décadas 
que descolaram minhas asas...
Aos poucos chegados dou-me de amor 

Desaprovo injustiça, e aos que não conheço

sei a hora de zelar, serenamente e só.
Aceitando minha sorte em lágrimas de vidro
Da luz vivo perto, eis-me anjo reciclado

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A vaidosa rosa


Abre-se em pétalas a rosa vaidosa
Durante  a minha ausência
 é sempre plena aos passantes
Vejo-te de longe, toco-lhe serenamente, pois sei
Da tamanha fragilidade
que em si encerra a vida
Dadivosa, a roseira branca
reserva-se em gotas
Solta-me a esperança,
ver-te em sol sem ser só

Finda-me a seiva imaginar que todos podem, exceto eu
Que tanto carinho cultivei, em ver esplendorosa rosa...
Ao largo, levo-te em sonhos de terra...
A mesma terra que um dia pisei com o meu amor.