domingo, 27 de dezembro de 2015

Mar(ata)

O mar não era mar
O céu não era céu
As pedras eram adornos
A água refresco do tempo.

Saudoso esforço de molhar frias mãos
Memória viva de ser menina, pés molhados
Fina areia entre plantas e gotas cristalinas
Véu de sonhos
O céu não era céu
O mar era Maratá: casta de luz.




Bolsai de estrada

Era tarde, mas nunca distante
Era imagem, mas nunca ilusão
Ele estava ali
Eu estava lá
 
Era sol, mas nunca nuvem
Era dia, mas nunca passagem
Ele estava só
Eu também
 
Foi um encontro
Foi um encanto
Mais um poema no bolso
Mais novas palavras
E um bolsai no pasto.
Eu estava indo
Ele ficará lá