segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Amor(ada)


A soleira estreita
Barro exposto em paredes
Fundação de galhos
Arranjo de paz
Chão apertado de terra seca
Ilustre telhado
Estrutura suspensa do abrigo
Casa humilde
Água límpida no copo
Cheiro de gente e orvalho
A luz repousa nas plantas
O terreiro iluminado de sol
Deus mora aqui em meio
a simplicidade.

En(canta)do

Seria dia
O primeiro en(canto)
Seria sombra
O primeiro som
Mas ao galo cabia elegância
Entre as folhas, nomeio do quintal
Esticar o canto
A cor dando o sol
Acordando a vida.

Florescer amor


Há muito tempo nosso destino se encontrou
Há muito tempo nossas vidas estiveram distantes
Mas houve o tempo certo, e tudo se fez claro...
Ele não veio para visitas
Veio para morar
Ele não veio para histórias
Veio para viver
Ele não veio para apreciar
Veio para cuidar.

E foi assim, cuidando de mim
Levando rosas, plantando flores
Podando árvores e sempre lembrando da casa.


Por isso a casa virou coração e hoje se fez pleno...
Por palavras de paz, digo simples
Ele é o  homem que me ensinou a flor(é ser) amor.

 
 
 
Uma homenagem para perfeita rosa da minha vida chamada Rogério.

Velha árvore esquecida


Das estradas, mais leveza
Das passagens, mais caminhos
Toda quebrada e ainda distante
Toda única e ainda calada

Por tanta terra
Por tanta gente
Por tanta história

Cantaram, passaram por mim palavras esquecidas
Viveram, choraram por mim momentos tristes
Vivia chuva
Brindava dia

Eis me aqui bela e triste
Árvore escolhida
Eis me aqui só e viva
Velha árvore esquecida